A Polícia Civil deflagrou na última quinta-feira (2), a Operação Yang, com foco na desarticulação de uma facção criminosa que atuava em Sorriso e cidades vizinhas. O grupo é acusado de tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, sequestros, execuções de rivais e planejamento de atentados contra instituições do Estado.

As investigações, conduzidas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), revelaram que a facção surgiu após a queda de outro grupo criminoso, alvo da Operação Recovery em 2023. Com a prisão de várias lideranças, o novo grupo viu uma oportunidade para se expandir na região.

Segundo a Polícia Civil, os criminosos planejavam ataques violentos como incêndios em agências bancárias e lotéricas, determinados por líderes presos na Penitenciária de Várzea Grande. A organização também negociava armas de grosso calibre, como fuzis 7.62, usados em ações contra membros da facção rival.

Um dos crimes que ligam o grupo investigado às execuções na cidade foi o assassinato de Gelson da Silva (23) e Lucas da Silva Chaves (21), ocorrido em novembro de 2023, em Sorriso. Eles foram mortos a tiros por quatro criminosos armados com fuzis e pistolas. Outras duas pessoas ficaram feridas. A motivação seria a disputa por território e retaliações.

“As investigações impediram que novos atentados fossem executados, como ataques a bancos e comércios, além de evitar novos homicídios. Conseguimos identificar e desarticular a facção criminosa que tentava se instalar na região”, destacou o delegado Antenor Pimentel Marcondes, da GCCO.

A Operação Yang integra o programa Tolerância Zero, do Governo de Mato Grosso, que intensificou o enfrentamento às facções criminosas no estado. O nome da operação faz referência à “luz e ação”, simbolizando a resposta do Estado à atuação clandestina do crime organizado.