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Tribunal de Justiça nega recurso e mantém internação de garota que matou Isabele Ramos
Adolescente foi condenada a 3 anos de internação por ato infracional análogo ao crime de homicídio
O desembargador Juvenal Pereira da Silva, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, negou revogar a internação da adolescente que atirou e matou a amiga Isabele Ramos, de 14 anos. A decisão é desta sexta-feira (22).
O teor da decisão não foi divulgado porque o caso corre em segredo de Justiça por envolver menor de idade. A garota foi levada para o Complexo Pomeri, em Cuiabá, na terça-feira (19), após ser condenada a 3 anos de internação por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar.
A sentença foi dada pela juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá. Após a sentença, a defesa da menor divulgou nota lamentando a decisão da Justiça de determinar o imediato cumprimento da pena e informou que iria impetrar um recirso para que a adolescente fosse liberada.
O caso
O crime aconteceu no no dia 12 de julho de 2020, no Condomínio Alphaville. A tragédia aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que foi trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima.
No caminho, porém, a garota desviou o caminho e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.
A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.
Os pais da atiradora respondem um processo separado pelo caso. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.