Gerson Bicego, presidente da Câmara de Sorriso, é internado após mal-estar
Os bastidores das eleições de 2024 em Sorriso
O desespero parece ter tomado conta do outro lado da Prefeitura e da Câmara de Vereadores. Aqueles que, antes das eleições, tinham certeza de que seriam secretários, agora imploram: “pelo amor de Deus, me ajuda!” Alguns chegaram a pedir que um funcionário da Casa de Leis levantasse os cargos e salários da Prefeitura, já planejando dividir as fatias entre a cúpula da Câmara, confiantes nas pesquisas. Hoje, encontram-se abandonados, pois o homem que prometia ser o prefeito desapareceu, deixando amigos de coração partido. Alguns até lutam para se tornar assessores de novos vereadores eleitos, apenas para evitar voltar às antigas profissões.
Enquanto isso, um advogado ousou desafiar o tio, veterano na política, que estava certo de sua vitória e ignorou todos os conselhos, inclusive os do próprio sobrinho.
Essa história parece uma narrativa de quadrinhos. Em uma bela quinta-feira, durante uma festiva comemoração antes mesmo de fecharem as urnas , o grupo despreparado politicamente, mas fervoroso em desfazer dos outros, entoava a plenos pulmões: “Faz o coração, faz o coração.”
Houve até um vereador que caminhava lado a lado com o atual prefeito, declarando publicamente, antes do período eleitoral, que não se associaria com “pessoas corruptas”, evidenciando uma divisão que o prefeito de Sorriso passou anos tentando evitar. Curiosamente, esse mesmo vereador esqueceu suas origens, deixando muitos confusos com suas palavras e sua postura, que acabaram lembrando a figura de um Judas.
A trama não para aí. Um marqueteiro, tentando garantir duas campanhas vitoriosas, quis puxar o tapete de um “amigo” de longa data, dono de uma produtora. Este “amigo” o acompanhava em outra cidade, mas o marqueteiro, acreditando que já tinha Sorriso no bolso, planejou tirá-lo de cena na cidade vizinha. O resultado foi desastroso: perdeu em Sorriso e quase comprometeu o candidato vizinho. Curiosamente, o produtor, ao que parece, ainda não guarda mágoas pelo menos, é o que afirma. O marqueteiro, porém, ainda deve por trabalhos realizados em outra cidade, entre Sorriso e Sinop.
Há também o caso do presidente de uma instituição ligada ao comércio, que sempre desfrutou do privilégio de organizar uma das maiores festas de fim de ano com recursos públicos. Este, ao mudar de lado, elevou o tom contra a atual gestão, esquecendo que o bom senso e a neutralidade seriam o melhor caminho, considerando que a festa depende de verba pública e, convenhamos, tem decepcionado em qualidade nos últimos anos.
Essas eleições de 2024 em Sorriso mostraram que a política não perdoa traidores e que, sim, um homem de palavra ainda pode mudar o jogo!