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Pai e mãe estupravam a filha e faziam filmagens, apontam investigações da PJC de Sorriso
Menina entrou na família por meio de “adoção à brasileira”, sem os procedimentos legais
Pai e mãe foram presos pela Polícia Judiciária Civil (PJC) de Sorriso suspeitos de estuprar a filha adotiva, desde que ela tinha 6 anos, em Ipiranga do Norte. Atualmente, a vítima, de 14 anos, mora com a tia. Segundo ela, os pais filmavam os atos sexuais e a obrigavam a fazer sexo a três.
O casal foi detido na tarde desta sexta-feira (15) quando estavam em casa. Os mandados de prisão preventiva, expedidos pelo Ministério Público e o Poder Judiciário, foram cumpridos pela PJC de Sorriso. Segundo o delegado Nilson Farias, as investigações vêm sendo feitas há mais de 1 mês.
Em entrevista, o delegado detalhou o crime praticado pelo casal há 8 anos. Segundo a menina, o pai adotivo a estuprava enquanto a mãe assistia e se masturbava. Porém, em outros momentos, o casal obrigava a vítima a ter relações sexuais com os dois.
“A menina era sempre colocada na posição de que ela não valeria nada e deveria se submeter aquilo para ter o amor dos pais. O casal nega, mas os elementos são robustos e nos leva a acreditar que os estupros aconteceram”, frisou o delegado.
Computadores e celulares dos suspeitos foram apreendidos pela polícia. Isso porque, segundo a vítima, os pais adotivos filmavam os atos sexuais. “Eles viam depois, como se fossem ma espécie de filme pornô. E a troca de mensagens entre pais e a filha podem auxiliar a esclarecer os fatos”.
Cortava os pulsos
O crime levantou suspeitas iniciais depois que a garota passou a apresentar comportamento estranho na escola. De início, ela negava ser estuprada, apesar dos corriqueiros atos de tentativa de corte dos pulsos.
O Conselho Tutelar foi acionado e afastou a vítima do convívio dos pais adotivos. A menina passou a morar com a tia e, posteriormente, confessou que foi estuprada pela mãe e o pai.
Homem teria estuprado o próprio irmão
De acordo com a PJC, o homem, há mais de 20 anos, também teria estuprado o irmão, que na época era criança, quando tinha 6 anos.
“O irmão disse que o acusado usava banha de galinha e o penetrava. Isso só parou quando o garoto chegou em sua certa idade para entender o que estava acontecendo. Esse irmão tem muita raiva e indignação pelo abuso que sofria. Esse crime já prescreveu, mas esse relato serviu de base para a Polícia Civil acreditar na versão da menor”.
“Adoção à brasileira”
Para que uma adoção se concretize existem requisitos previstos em lei. Porém, a vítima de estupro entrou na “família” de supostos estuprados por meio de “adoção à brasileira”, quando é efetuado o registro do filho de outra pessoa em seu próprio nome, sem seguir exigências legais.
“Não houve adoção legal. Eles registraram a criança como se fossem os pais”, disse o delegado, acrescentando que o pai biológico também tem auxiliando o caso com informações.
Confira AQUI a reportagem exibida no Balanço Geral, programa da TV Sorriso (RecordTV).