Carro furtado é recuperado pela Rotam em menos de 24 horas em Sorriso
Médico de Poconé é vacinado nos EUA e critica onda negacionista
Wagner Vaz Guimarães mora no Texas e falou sobre importância de se tomar a vacina contra Covid
O médico poconeano Wagner Vaz Guimarães, de 43 anos, vive no Texas, nos Estados Unidos, há quatro anos, e foi um dos profissionais da saúde a receber a segunda dose da vacina Pfizer, contra a Covid-19, nesta sexta-feira (8).
Ao MidiaNews, Wagner, que atua na linha de frente, comemorou os resultados da vacina CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantã. O Governo de São Paulo divulgou ontem que a vacina possui 78% de eficácia em casos graves e 100% em pacientes graves.
“É muito gratificante que no Brasil já tenha essa vacina, já é um bom começo e espero que seja aprovada. Fico feliz, esperamos que a população seja vacinada, tenho família no Brasil. Mas o mais importante que a vacina seja fabricada no país são os custos de não ter que importar. [A importação] vai custar muito caro e vai demorar para chegar, porque aqui também não tem para todos. No Brasil chegaria quando? Ninguém sabe”, disse.
Wagner, por exemplo, deveria ter tomado a segunda dose da vacina ontem, mas teve o procedimento adiado para hoje por falta de doses disponíveis.
“Recebi a primeira dose em dezembro. No momento, a vacinação está sendo prioritária para os profissionais da saúde. Todos que trabalham em hospitais, sejam médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos ou limpeza, todos estão recebendo”.
Efeitos colaterais
O médico explicou que não teve efeitos colaterais causados pela vacina contra Covid-19, a não ser dor no braço na região onde foi aplicada. Após a vacinação, eles são observados durante 15 minutos, como parte do protocolo. A previsão é de que idosos com mais de 65 anos comecem a ser vacinados até fevereiro nos EUA.
“São várias cadeiras separadas e ficamos sendo observados caso alguém manifeste efeito colateral, principalmente anafilaxia (reação alérgica aguda)", explicou.
Wagner também ressaltou que a primeira dose da vacina tem efeito de proteção de 30%, que aumenta para 95% após a segunda. Além disso, nas primeiras duas semanas, mesmo vacinada, a pessoa pode ser infectada pelo novo coronavírus.
“Por isso, deve continuar com as medidas de proteção, como usar máscara e lavar as mãos, mesmo tomando a vacina, é muito importante. Porque nesses 14 dias você pode se infectar igual aqueles que ainda não tomaram”, afirmou.
Movimento antivacina
O profissional da saúde alertou sobre os riscos da onda negacionista em torno da gravidade da pandemia da Covid-19 e da vacinação contra a doença. Para ele, sem ajuda do Governo, a situação no Brasil tende a piorar.
“Voltando há alguns meses, os EUA estava igual. O presidente Donald Trump estava se lixando para a Covid-19, mas isso já mudou bastante aqui, apesar do negacionismo continuar. Muitas pessoas não vão tomar a vacina. Muitos não tomavam a da Influenza todo ano", disse. Saiba mais.