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Atualizada: Justiça determina transferência imediata de paciente em estado grave internada na UPA de Sorriso
A Justiça concedeu uma liminar determinando a imediata transferência de Maria Natalina Alfino Pereira, internada há cinco dias na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sorriso, para um hospital de referência que possa realizar o procedimento cirúrgico necessário ao seu quadro clínico, que é considerado grave e urgente.
A decisão judicial atende a um pedido da Defensoria Pública, com base na gravidade do estado de saúde da paciente e na ausência de resposta do sistema estadual de regulação. O documento enfatiza que a medida visa preservar o direito à vida e que a ordem deve ser cumprida com urgência, seja em hospital público ou privado, com todas as despesas — incluindo transporte, alimentação e estadia de acompanhante — custeadas pelos requeridos.
Em caso de descumprimento, foi fixada multa diária de R$ 5 mil, além da possibilidade de bloqueio de contas públicas.
A situação ganhou repercussão após denúncia exibida pela Rede TV Sorriso nesta quinta-feira (22), revelando o desespero da família de Maria Natalina. A filha da paciente, Ágata Nathalia, relatou que a mãe passou por uma cirurgia abdominal há dois anos e, devido a complicações mal resolvidas, agora sofre com uma fístula aberta no estômago, que expulsa secreções e impede a ingestão de alimentos ou água. A paciente encontra-se extremamente debilitada, desmaiando frequentemente.
A gravidade do quadro foi confirmada por laudo de tomografia, que revelou infecção grave, fístula gástrica ativa e outras complicações, como esteatose hepática e sinais de infecção generalizada.
Diante da demora na regulação, um parente da paciente chegou a atear fogo em pneus em frente à Secretaria Municipal de Saúde, em forma de protesto. O manifestante se apresentou voluntariamente à Polícia Civil.
A Prefeitura de Sorriso informou, em nota, que a paciente deu entrada na UPA no dia 21 de maio e foi classificada como vaga zero, ou seja, prioridade máxima no Sistema de Regulação. Contudo, reforçou que a liberação da vaga depende exclusivamente do Estado.
O secretário municipal de Saúde, Vanio Jordani, lamentou a situação e reiterou que a responsabilidade pelo encaminhamento dos casos de alta complexidade é estadual. “A Secretaria está à disposição. No que for competência do município, nós não mediremos esforços para ajudar, não só a paciente, como toda a família”, declarou.
A reportagem segue acompanhando o caso e aguarda posicionamento oficial da Secretaria de Estado de Saúde sobre o cumprimento da liminar e o encaminhamento da paciente.