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Vai ao mercado? Saiba como tentar prevenir o coronavírus
Especialistas dão dicas de prevenção que são essenciais para situações do dia a dia
Diante da disseminação do covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2) no Brasil, que teve seu primeiro caso confirmado no dia 26 de fevereiro, as pessoas recorrem a diferentes métodos na tentativa de evitar a contaminação, mas nem todos são eficazes.
O uso de máscara, por exemplo, só deve ser feito por pessoas que estão com a doença e por profissionais de saúde.
O professor Oscar Bruña-Romero, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cita medidas que são essenciais para a prevenção e devem ser usadas em situações do dia a dia, como uma ida ao mercado.
As dicas são comentadas pelo professor Daniel Santos Mansur, que integra o mesmo departamento de Oscar. Confira:
1. Nunca fique a menos de um metro de outro ser humano.
A transmissão do vírus acontece de pessoa para pessoa, pelo contato com secreções contaminadas, inclusive a saliva.
“Esse vírus pode sair e ficar em suspensão pela saliva da pessoa. Essa é uma distância segura para não ser atingido por essas gotículas contaminadas”, observa.
2. Considere sempre a sua mão suja. Nunca leve a mão à boca, ao olho ou nariz enquanto estiver no mercado, nem para coçar, nem para tocar nos cabelos.
Daniel explica que se alguém que está com covid-19 espirrar ou tossir em algum lugar ou objeto – como uma maçaneta, por exemplo, - o vírus vai permanecer ativo por ali durante algum tempo.
“Ao encostar sua mão nesse local, ela fica contaminada e se você levar à boca, esse vírus vai penetrar no organismo”, destaca o especialista.
“Não tem como a gente saber o que está infectado pois já temos transmissão comunitária [do novo coronavírus]. Então, como é necessário sair para fazer compra e outras atividades básicas, o melhor é considerar que tudo que se encostou está infectado e lavar as mãos”, aconselha.
3. Pague suas compras no cartão. Não aceite moedas e muito menos notas de papel até depois da pandemia.
Mansur explica que notas de papel e moedas têm mais probabilidade de estar infectadas porque circulam mais entre as pessoas.
“A pessoa leva uma coisa potencialmente infectada para dentro de casa e não tem como lavar a nota, a não ser que seja acidentalmente”, observa.
“Mas vale lembrar que quando você usa o cartão muitas e muitas pessoas encostaram naquela máquina para digitar a senha, então tem que lavar as mãos”, pondera.
4. Higienize os alimentos ao chegar em casa, principalmente aqueles que serão consumidos crus. Lave em água corrente e mergulhe as verduras e frutas em uma solução contendo água sanitária diluída em água.
“Se você tem um alimento que vai ser cozinhado ou assado esses processos vão eliminar o vírus, mas coisas cruas não, então tem que higienizar, mas é o mesmo princípio para qualquer verminose e doença bacteriana: desinfectar”, lembra o professor.
5. Caso tenha comprado itens que não são comestíveis, passe um álcool 70 neles ou deixe ao sol direto por duas horas, no mínimo
“Não se sabe se é o calor ao a exposição aos raios ultravioleta que matam o vírus, mas eles fazem com que o vírus suma na superfície, de todo jeito”, explica.
O especialista diz que não há consenso sobre o tempo de eliminação do novo vírus.
7. Sempre que chegar em casa da rua, tire os sapados e troque a roupa. Lave os braços até o cotovelo. É fundamental ter uma ‘roupa de casa’, e a ‘roupa de rua’ que não quiser lavar diariamente, deixe sempre no mesmo lugar. Volte a vesti-la apenas imediatamente antes de necessitar sair para a rua novamente. Não transite em casa com ‘roupa de rua’.
“Roupa é uma coisa muito difícil de você desinfetar, tem que lavar. Seguindo a mesma lógica das mãos, lugares onde você esbarrou ou sentou podem estar contaminados, então a roupa vai carregar o vírus, como as mãos”, esclarece. “Eu mesmo estou usando uma roupa em casa e outra na rua”, conta.