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Sorriso: para evitar que filho perca a visão, mãe recebe doações e vende ‘feijoada solidária’
Bruno Henrique Santos de Oliveira, de 13 anos, precisa passar por procedimento cirúrgico
“É muito ruim para ele por que machuca e fere a córnea”. Assim Raquieli Claudina dos Santos, que mora no bairro União, em Sorriso, resumiu a luta diária do filho, Bruno Henrique Santos de Oliveira, de 13 anos. O garoto sofre de uma alergia crônica desde os 5 anos de idade, o que também provocou ceratocone, uma doença ocular degenerativa que provoca a deformação da córnea.
Para tentar evitar que o adolescente perca a visão, os oftalmologistas indicaram a realização de cirurgia nos dois olhos, o que custará cerca de R$ 11 mil. Preocupada e sem condições financeiras, a família resolveu pedir ajuda à população sorrisense e recebe doações, que podem ser feitas na seguinte conta da Caixa Econômica Federal: Agência 2756; Operação 013, poupança; Conta 19580-2, cuja titular é o Alessandro Alves Oliveira.
Raquieli tem feito o que pode para conseguir o montante que será destinado à cirurgia do filho. Neste sábado, ela venderá feijoadas no pavilhão da Comunidade das Nações, na avenida Blumenau, em Sorriso. A marmita, vendida por R$ 20, deverá ser tirar no local.
A atitude da mãe já comoveu alguns sorrisenses que têm doado ingredientes para a feijoada e até se disponibilizaram a ajudar no preparo da comida.
Em entrevista à TV Sorriso, Raquiele contou que o filho já fez vários tratamentos, mas nada resolveu o problema ou serviu para detectar a origem da alergia. “É como se tivesse punhado de areia nos olhos dele. Coça muito e irrita. E a ceratocone vai expandindo para frente e nasceram tipo umas escamas que estão dando atrito na córnea dele. Há o risco dele perder a visão totalmente, de estourar a córnea”, contou a mãe.
Tímido, Bruno relatou o incômodo sofrido com a doença ocular. “O meu olho coça e, às vezes, dói quando forço para enxergar as letras ao ler”. Apesar de sofrer com as dores e até com o bullying na escola, o garoto disse não faltar às aulas, sobretudo por gostar de matemática.
“A vontade é de arrancar essa doença com a mão, se a gente pudesse, porque mãe dá a vida por um filho. Eu não desejo isso para ninguém, é horrível, pois ele sofre muito por esse motivo. Na escola, alguns coleguinhas já chegaram a dizer que ele fumava maconha, que era drogado, porque o olho dele é mais caidinho. Isso nos deixa com o coração amarrado”.
Os tristes episódios e os incômodos diários sofridos não desanimaram a família de Bruno, que comemora a ajuda já recebida de alguns sorrisenses que doaram ingredientes para a feijoada de sábado (27). “Há pessoas que abraçaram a causa”, comemorou Raquieli, que tem outros três filhos.
Após a irmã falecer, Raquieli adotou os filhos dela e a grande família sobrevive com a renda obtida com o trabalho autônomo do marido dela, que é pintor e encanador. Ela também faz diárias, mas o dinheiro obtido mensalmente só dá para as despesas de casa e eles não têm como pagar a cirurgia do Bruno, cujo procedimento requer pressa. “A gente confia muito em Deus e sabemos que ele vai prover de alguma forma”.
Quem quiser ajudar à família no sonho de realizar o procedimento cirúrgico, pode entrar em contato pelos telefones (66) 99615-3950/99613-5602.
Confira AQUI e AQUI a reportagem exibida no Cidade Alerta, programa da TV Sorriso (RecordTV).