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Sorriso: após recusa médica, PM auxilia para criança receber atendimento em Hospital Regional
Apesar do tumulto, criança não chegou a ser atendida no HRS e voltou à UPA
Após sair de uma unidade médica particular e do Hospital Regional de Sorriso (HRS) sem receber atendimento para a filha doente, de 2 anos, um pai precisou do auxílio da Polícia Militar. O caso foi registrado na noite dessa terça-feira (5).
O pai da criança, Arineldo Rodrigues Melo, disse que a filha está entre idas e voltas da UPA há cerca de 40 dias, onde a criança é medicada, mas o problema não é solucionado.
No local, segundo a família, os médicos informaram que a menina foi diagnosticada apenas com virose. “A minha filha está há mais de 40 dias com diarreia. Só que durante à noite quando fomos dar banho dela saiu como se fossem as tripas dela, ficamos desesperados”, contou o pai.
Por conta da gravidade do caso, o homem levou a filha para um hospital particular, onde foi indicado a ir para o Hospital Regional, já que no local não havia pediatra de plantão. “Viram a minha filha desfalecida e cobraram R$ 300 para ela ser atendida por um clínico-geral. Aí disseram que era melhor irmos para o Hospital Regional”.
Sem atendimento na UPA e no hospital particular, o pai foi às pressas para o Hospital Regional de Sorriso. Ele afirma que lá o médico recusou atendimento por falta de encaminhamento expedido pela Unidade de Pronto Atendimento. No local, a família discutiu com o médico plantonista após ele afirmar que não atenderia a criança sem o documento emitido pela UPA.
“Um médico vendo minha filha desfalecida não a atendeu. Que saúde é essa? Fico sentido de ver a minha filha do jeito que está, eu rodar a noite inteira e chegar no hospital e pegar um médico que nem quis ver a criança. Disseram que se ela estivesse morrendo é que atenderia [sem encaminhamento da UPA]”, lamentou o pai.
Após tumulto no Hospital Regional, a Polícia Militar foi acionada. A viatura levou os pais da menina de volta à UPA, onde a criança ficou internada.
De acordo com a Polícia Militar, no Hospital Regional foi dito que os atendimentos especializados (em pediatria, por exemplo) estão escassos, sendo necessário o encaminhamento do município (via UPA).
Já na UPA, o médico plantonista disse à PM que os encaminhamentos só estão sendo emitidos para “pacientes que apresentam casos graves”. O clínico-geral declarou que não tem competência para diagnosticar e tratar o quadro clínico da criança e que, por isso, era necessário o atendimento de um pediatra.
A reportagem do Portal Sorriso entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para obter informações sobre o caso e quais são os trâmites para encaminhamento dos pacientes da UPA para o HRS.
A assessoria disse que verificará a situação para posteriormente se pronunciar.
Saiba mais:
Quadro de criança internada na UPA é estável, diz Secretaria
Confira AQUI a reportagem completa no Cidade Alerta, programa da TV Sorriso (Record TV).