Dois homens são presos por venda ilegal de armas de fogo em Sorriso
Justiça Federal nega recurso de Lino Rossi e mantém condenação
A apelação foi negada e assinada pelo desembargador federal Ney Bello
A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal 1 (TRF1) negou, por unanimidade, apelação da defesa do ex-deputado federal e radialista Lino Rossi, em relação ao seu envolvimento na “Máfia das Ambulâncias”. O esquema, desbaratado em 2006, foi descoberto por meio da Operação Sanguessuga.
A apelação foi negada e assinada pelo desembargador federal Ney Bello. A condenação do radialista por corrução passiva e formação de quadrilha foi mantida.
De acordo com a ação, o TRF entendeu que a solicitação de Rossi não deveria ser acolhida, uma vez que o recurso não preenchia os requisitos exigidos. “Embargos de declaração, recurso de natureza esclarecedora ou integrativa do julgado, têm aplicação em matéria penal nas hipóteses de ambiguidade, contradição, omissão ou obscuridade, conforme previsão do art. 619 do Código de Processo Penal”, diz trecho do documento.
Rossi é apontado como operador da quadrilha dos sanguessugas. Ele seria o encarregado de cooptar parlamentares para a máfia, que desviava recursos do orçamento da União na compra de ambulâncias superfaturadas para prefeituras.
Outro lado
Procurado pelo GD, o ex-deputado não respondeu às ligações até o fechamento desta matéria.
Máfia das sanguessugas
Conforme as investigações, a organização criminosa conhecida como “Máfia das Sanguessugas” era especializada na apropriação de recursos públicos, mediante superfaturamento de preços e manipulação de licitações para aquisição de unidades móveis de saúde e equipamentos hospitalares em diversos municípios brasileiros.
Agentes infiltrados em setores estratégicos da Administração Pública, principalmente no Ministério da Saúde, faziam parte do segundo núcleo sendo responsáveis pela aprovação de projetos e pré-projetos, dos convênios e suas execuções, assim como das prestações de contas.
Já no quarto grupo, o núcleo político, estavam empresários, deputados, senadores e seus assessores, incumbidos de garantir verbas orçamentárias e direcioná-las a municípios e entidades de interesse.