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Com expectativa de alta na produção de soja, IBGE prevê novo recorde na safra de grãos em 2020
Estimativa é de que o Brasil se torne o maior produtor de soja, ultrapassando os EUA, e registre a maior safra de grãos da história, apesar da queda prevista na produção de milho e de feijão
A produção agrícola brasileira deve bater novo recorde em 2020. É o que apontam as estimativas do segundo prognóstico da safra, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estimam a colheita de 240,9 milhões de toneladas de grãos no ano que vem.
A safra estimada supera em 33,6 mil toneladas o resultado esperado para 2019. Assim, com essa previsão, os dois anos (2019 e 2020) irão ultrapassar o recorde histórico da colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas no país, alcançado em 2017. Naquele ano, a safra foi de 238,4 milhões de toneladas.
Segundo o IBGE, o recorde de 2020 deverá ser alcançado a partir do crescimento de 6,7% na produção de soja. “Essa será a primeira vez que o Brasil ultrapassará os Estados Unidos na produção de soja, se tornando o maior produtor mundial”, destacou o analista da coordenação de Agropecuária do IBGE, Carlos Alfredo Guedes.
A alta na produção de soja deverá ser puxada, sobretudo, pelo Mato Grosso, que aumentou em 2,2% a área plantada, e pelo Paraná, que é o segundo maior produtor nacional de soja prevê aumento de 22,5% da produção. “Esse estado sofreu muito esse ano em função da seca e temperaturas alta, então ele deverá recuperar sua produção em 2020”, ressaltou Guedes.
Em contrapartida, a produção de milho deverá ter queda de 7,5% em 2020. “Em 2019 tivemos um recorde na safra de milho. Foram mais de 100 milhões de toneladas, e isso aconteceu muito em função do milho segunda safra”, destacou o pesquisador.
Segundo Guedes, em 2019 a soja foi plantada mais cedo na maioria dos estados produtores. Com isso, houve uma janela maior para o plantio do milho segunda safra, que teve melhores condições de desenvolvimento. “Para 2020, alguns estados tiveram atraso no plantio da soja, o que deve reduzir a janela de produção de milho”, explicou.
Também são estimadas altas na produção de algodão herbáceo e de arroz – respectivamente de 2% e de 1% em relação à safra de 2019. Já a safra do feijão deverá ter queda de 6%.