‘Cemulher’, de combate à violência doméstica, começa a ser implantada em Sorriso
Toda a rede deve estar completa até o mês de setembro
Criada em 2012 pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cemulher), visa dar suporte aos magistrados, servidores e esquipes multiprofissionais que atuam em situações de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Em Sorriso, a Cemulher começou a ser implantada com a expectativa de agilizar os trabalhos das autoridades e garantir mais segurança às vítimas.
Na tarde de ontem, o juiz Anderson Candiotto, da segunda vara criminal da comarca de Sorriso, se reuniu com os representantes da sociedade que atuam na área para tratar da implantação da rede na cidade.
Segundo ele, no último dia 12, quando a desembargadora Maria Erotides esteve em Sorriso, a magistrada detalhou o funcionamento da rede de proteção à mulher o que facilitou ainda mais o desenvolvimento do trabalho no município.
O magistrado informou que toda a rede deve estar completa até o mês de setembro com a capacitação dos profissionais, a patrulha da mulher com policiais preparados exclusivamente para o atendimento às vítimas entre outras ações de implantação.
O delegado da Polícia Judiciária Civil de Sorriso Nilson farias explicou que, a partir de agora, para dar agilidade no atendimento às vítimas, quando receber denúncia de violência contra a mulher, ele encaminhará imediatamente ao judiciário o pedido de medida protetiva, sem precisar cumprir qualquer prazo para isso.
Na rede de atendimento às vítimas, o Poder Executivo local também possui um papel fundamental que é o de acolher as mulheres que são violentadas. A secretária de Assistência Social, Jucélia Ferro, explicou que o município já presta esse serviço às vítimas e que agora, com a união das autoridades e entidades parceiras, o trabalho será ainda mais eficiente.
Atualmente, Sorriso figura como um dos municípios com mais registros de violência contra a mulher no estado de Mato Grosso. O juiz Anderson Candiotto, responsável pela vara que atende esses casos, atribui o grande número de agressões ao fator cultural e ao consumo excessivo de drogas e bebida alcoólica.